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Sou terra, por ter razões. Sou berro, se aberrações. Sou medo, porque me dou. Sou credo, se acreditou

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

EU TENHO ( p/ o tema "auto-conhecimento)



EU TENHO ( a Libertação )

Abram as portas das casas
E sirvam-se das ruas !
Espantem olhares tristonhos
E bebam dos meus sonhos

Dance nas asas da águia
Pule os muros dos olhos
Tome a cachaça sagrada
Coma o pão dos meus sonhos

Eu tenho asas, brancas, azuis
Eu tenho feras, guardadas, fuzis
Eu tenho lances,alcances, ardis
Tenho a moçada, criada, barris

Sopre o vento da noite
Corra nas praias desertas
Beije as pessoas da noite
Cace as ondas certas

Mate a beleza danada
Que danem-se os olhos castanhos
Trave uma briga cerrada
Dê o seu corpo a estranhos

Eu tenho cores,amores,fuzis
Eu tenho armas, nervosas, ardis
E tenho peso de vida, azuis
Tenho a estrada, tomada, navios...

2 comentários:

Cláudia Campello disse...

e eu que sou teatral??? (risos)
Joe, vc escreve "audiveis" sentimentos.......barulha ca dentro tudo.
eita! adoro te ler.

bjsssss;

Marcelo Novaes disse...

Joe,



A Cláudia está certa em perceber o quanto o texto se presta ao teatro. No mais, ele espelha bem a tentativa (sempre vã) de se beber da vida num só trago.[Falta sempre mais um gole...].


Ardis, azuis e navios criaram bela aliteração. As quase-rimas são as mais interessantes.





Abração.

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