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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Ode a Poe (4ª de cinzas)
Sentado em meu próprio ventre
olho pr’essas mãos que agora, acorde
pulsa em mibemolmaior – ouve e sente
hoje pianisticamente ágil e forte
amanhã jazz carne , pó e morte...
Hoje, mãos dedos performance
Amanhã, pútrida óssea catacumba
Destra mão segura_mente em transe
Sinistra, outra do anel, penumbra...
Ontem, entrelaço de ébano e marfim
Hoje, sangue exímio, Chopin carmim
Amanhã abismo plúmbeo sem fim...
Cinzas poeira em leve azafama, rodopia
Tintas veludo “parfum”, sinfonia
4ª no baixo, suspensiva agonia...
...e os corvos batem as asas e espargem as cinzas...
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3 comentários:
Tá valendo o comentário que fiz no Poema Dia pra este primoroso poema
Hey, Joe!
Música no poema cantante allegro, ma non troppo.
Genial!
Vc faz rimas incríveis. Ouvido de músico, mão de artista plastico, pena de poeta, olhar de anil-brilho e todo bom humor (bom-humor?!! esse acorod é de amargar)
À la Poe jazz hoax!
(humm essa foi de lascar!)
As rimas são riquíssimas no soneto tétrico. Ode a Poe ou Morte dop Pianista?
Um poema muito bem elaborado. Parabéns.
Isabel Furini
isabelfurini@hotmail.com
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