Sou o que sou

Minha foto
Sampa, SP, Brazil
Sou terra, por ter razões. Sou berro, se aberrações. Sou medo, porque me dou. Sou credo, se acreditou

sábado, 28 de março de 2009

HaiKai Felino I


O gato destapa
a areia com a pata
e enterra de forma secreta
o que íntimo, excreta.

quinta-feira, 26 de março de 2009

"Revoar" - Marisa Serrano/ Senir Fernandes


Está saindo do forno um trabalho que promete sucesso, pela sua sensibilidade artística, proficuidade, acuidade nos arranjos, interpretação, bem como nas composições e escolha de repertório.

Falamos do CD “Paranóia Urbana” da promissora artista Marisa Serrano. Cantora, pianista, compositora, arranjadora e professora de música, MARISA SERRANO consegue ser a intérprete eclética que viaja nos ritmos brasileiros, lapidados por sua formação erudita e modelados pelas harmonias da música espanhola, deixando em seu estilo musical, a marca renovadora da nova safra de cantoras paulistanas, mas ao mesmo tempo, “brasileiríssima” e com o sabor de bossa-nova, samba de roda, baladas pop, toada, ciranda nordestina, entre outros.

Já lançou outros trabalhos, mas todos “artesanais”. Este, portanto, é seu primeiro lançamento oficial : Seja muito bem vinda MARISA SERRANOe seu “Paranóia Urbana”.

Na faixa postada neste clip,ouvimos “Revoar”de autoria de Marisa Serrano com parceria de Senir Fernandez, com arranjos e piano de Joe Brazuca.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Minha Esfinge


Teu oriente-médio me fez inteiro
Tua beleza oriental me (des)orienta
Teus olhos verdes-garrafa me embotijam
Teu nariz hebraico me faz laico
me leva para bem alem
de Jerusalém
Tua boca delineada, mais que nunca , amada
sempre macia, me extasia
teu toque me leva a reboque
só me vejo, quando no teu beijo
Tuas pernas, arte em carne e osso
puro alvoroço
me fazem andar a pé
bem pra lá de Gizé
Tua preguiça lasciva me atiça
à desvairada poesia
até num ônibus de periferia !

Não te decifrei,
fui devorado, devorei...


(pra Sandra Regina)

sexta-feira, 20 de março de 2009

Oração aos Excluídos, Marginalizados e que tais...(ou Ode à Mikhail Bakunin)


Senhor !

Livra-me destes tempos modernos
de gravatas e ternos
de caixas de bancos, tormentos eternos
de boletos, carnês,
esqueletos, “silviosantos”, tvs
do consumo mortal, que vem dos infernos !
seja bacana
mande-me um cacho de bananas...

Livra-me dos super-mercados,
dos departamentos infestados
das contas a pagar
e nada a declarar
dos sapatos apertados
seja bacana, me mande uma
sandália havaiana...

Não me importam automóveis
nem sequer coletar imóveis
cheios de salas, banheiros e seu móveis
quartos anestésicos , com pijama
seja bacana,
me deixe escolher uma cabana...

Exclua-me das listas de impostos
emolumentos diversos
enquadramentos perversos
taxas e ditames indigestos
entrelinhas e subversos
generais, ditadores submersos
seja bacana
me deite à cama, e me leve à fama...

Me isente dos líderes ordinários
junta-me aos ouvintes ausentes e solitários
bradai, uni-vos, aos todos, e proletários
Inspirai-me aos consuetudinários
afoga-lhe os paradigmas salafrários
seja bacana
deixa eu acender uma bagana...

Aderi-me aos irmãos anarquistas
faça-me, de mim, um maquinista
cancele-me da tirania d’um analista
d’um traiçoeiro e sarcástico dentista
quero somente ser um pianista,
menos calculista e mais intimista
seja bacana
me dê uma cigana...

Ceifa-me à cabeça, dos inescrupulosos
açoite-me se aderir aos caluniadores
expulsa-me dos ardis de mentirosos
execra-me dos dogmas dos vendedores
medíocres de governos opressores
não seja sacana
me tire ou me atire de vez, nessa lama !

domingo, 15 de março de 2009

Tempus Fugit


Todos os meus relógios estão certos.
Todos eles coincidentes demais
Todos os ponteiros, pêndulos, mostradores digitais.

Eles, os relógios, todos muito espertos
Bizzzz, clocks, plics, tic-tacs fatais
Serão presságios de tempos, um tanto letais ?

Todos os mecanismos precisos, se abertos
Catracas, diodos, circuitos especiais
Todos em seus eixos de horários tão formais

Todos os meus relógios estão quietos
seus clics e cloks estanques , virtuais
Nada alem dos séculos, cumprindo seus ideais...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Wednesday morning rain


Legs and more legs crossing front me
Walking quickly to “nowhereland”
When dry mountains becomes, of sand
Sad eyes no more open, can't to see

And you ask me, after the lunch
Where go I, if we haven’t no where to go
Like the stones and birds come to brunch
We’ll be touching skins, high an low

The birds passing by, long and tomorrow
When the sand, seeds and water grow up
No more breath, no more drops, no more follow

Rain and darkness afraid us, we stand up
Lost spirits, fears souls, no way comes up
We left our hearts and bodies in other city...


( dedicada a Emilio Raele, pai de Iris Raele,que subiu pro andar de cima, grande amigo, grande amiga,com um beijo...)

(Versão : Pernas e mais pernas se cruzando
em minha frente caminhando rapidamente pra lugar
nenhum. Quando montanhas tornam-se secas, de areia
Olhos tristes não mais se abrem, não podem ver
e voce me pergunta depois do almoço
pra onde eu vou, se nós não temos nenhum lugar pra ir
como as pedrinhas e passaros vem pro "café"
nós seremos as peles que se tocam, alto e baixo
os passaros passam, por longo tempo e amanhã
quando a areia, sementes e água crescem (ou mascem)
sem mais fôlego, sem mais gotas
(ou lágrimas), sem mais seguir
Chuva e escuridão nos amedrontam
mas nós nos levantamos
Espíritos perdidos, almas do medo,
de forma alguma resurgem
Nós deixamos nossos corações e corpos
numa outra cidade...)

quinta-feira, 5 de março de 2009

O Farol e a gente

terça-feira, 3 de março de 2009

ESTÁ ESCRITO !


Velo com quem vela uma


ROSA________ROSACEA______ROSAE


choro como quem chora um


CRAVO_______CRAVUS_______CRAVARE



gosto de fel_____________AMARO


MEL_______________MAKTUB !

maktub ?



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