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O
teu
prazer
me chega
aos poucos,
num crescendo
que me faz lembrar do
caminhar sonoro e baixo
duma orquestra sinfônica,
na batida silenciosa e contínua
até atingir a explosão magnífica
de uma plasticidades única e firme
como os últimos acordes orgásticos
dum bolero mui famoso, espetaculoso
onde ecoa até o meu infinito, de tudo que
é seu, de mais íntimo, mais carnal e mais bonito...
Quando a saudade extrapola, prova-se à vida
Quando sucumbe-se à carência, prova-se à vida
Quando a salvação urge, prova-se à vida
Quando o coração descompassa, prova-se à vida
Quando a razão se desvia, prova-se à vida
Quando o deserto devasta a alma, prova-se à vida
Quando o abismo se abre, prova-se à vida
Quando a solidão grita em silêncio, prova-se à vida
Quando o amor mitiga, prova-se à vida
Quando a dor vira universo, prova-se à vida
Quando a dúvida espreita, prova-se à vida
Quando a calúnia assola, prova-se à vida
Quando as lágrimas recrudescem, prova-se à vida
Quando a estrada estreita, prova-se à vida
Quando a alegria escasseia, prova-se à vida
Quando a tristeza toma o terreno, prova-se à vida
Quando a ajuda erra o alvo, prova-se à vida
Quando o trabalho definha, prova-se à vida
e...quando a caridade definha, é finita, a vida!