Sou o que sou

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Sampa, SP, Brazil
Sou terra, por ter razões. Sou berro, se aberrações. Sou medo, porque me dou. Sou credo, se acreditou

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Moenda

Eu não queria fazer um poesia instantânea, como chocolate em pó.
Queria uma poesia espontânea, nada sucedânea, remédio de um tiro só.
Queria fazer uma poesia eterna, como quem hiberna sobre uma perna.
Uma poesia nada efêmera, forjada como têmpera, fogo de perene lanterna.
Queria criar uma poesia, que aliciaria a qualquer um, com poder de anestesia.
Fazer um poema, tão complexo como teorema, versos com poder de dilema.
Compor versos adversos, desconexos, sem falar de ósculos ou amplexos.
Nem de amores, estertores românticos, apaixonados xamânicos, preceitos platônicos.
Falar com estrofes cintilantes, luxuriantes, de algo completamente acachapante.
Queria uma poesia de poetas sem piedade nem dó, rudes como a mais dura pedra mó.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

sufoco...


é pt, é marola
é cvv, é ebola
é tv, é meia-sola
é pv, é esmola
é pm, é pistola
é vc, sem escola
sem comida na sacola
sem pulôver , nem estola
na berlinda, na esfola
pé descalço, no atola
o teu couro, que amola
nem é pato, nem frajola
é laranja e acerola
sopa fraca de escarola
nem azeite, nem canola
nem frade, nem carola
na tua cara, a bitola
torniquete de cachola
é forca na tua gola
hipocrisia que te enrola
maresia que degringola
só tufão, sem ventarola
sem radinho e eletrola
pé de bunda, tu é mola
ribanceira abaixo rola
aluvião que te assola
e ninguém que te dá bola...

sábado, 9 de agosto de 2014

Rosa, anjo...



Você me conquistou
como a água de um chafariz
Da planta dos meus pés,
até a ponta do nariz


Você me arrebatou
como um sonho aprendiz
Com teu sorriso leve
e lindos olhos infantis

Seu toque me cegou
como uma força motriz
e um dia me tocou
a me mostrar como me quis

Seu cheiro me flertou
com teu perfume de anis
Abraça-me tão forte
e me sussurra e me diz

(refrão)

ah! Rosa anjo, anjo rosa
vem, transforma os meu versos
em tua prosa...
ah! Rosa anjo, anjo rosa
vem, me acalanta intenso
como quem brota...

Eu te adocei
como o mel dum colibri
Assim como quem faz
e diz “ eu te entendi”

Você me pertenceu
como eu te pertenci
Toquei a tua tez
assim você me fez

Seu toque emudeceu
como uma flor de bem me quer
que um dia arrefeceu
com todo jeito de mulher

Seu cheiro me flertou
com teu perfume de anis
Abraça-me tão forte
e me sussurra e me diz

(refrão)
ah! Rosa anjo, anjo rosa
vem, transforma os meu versos
em tua prosa...
ah! Rosa anjo, anjo rosa
vem, me acalanta intenso

como quem brota...

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