
Isso nem pretende nada, mas de repente, pode até ser um minúsculo ensaio sobre esse tema pra lá de complexo, que sempre permeou, de um jeito ou outro, a cultura de todos os Povos.E antecipo que, somente com as inserções de todas as opiniões que provavelmente advirá, ele estará completo...ou não !( como diria Veloso...)
( Antes de mais nada, desculpem-me se incorrer em algumas rimas, mas é “mal” renitente, pois sou apenas “gente”, vejam sem preconceito esse meu defeito...Contudo não chega a ser poesia, é apenas pra criar sinergia...Mas, já aviso : desse expediente de dialética pouco usarei, a tal da poética !)
Que Deus me ilumine e, antes que eu termine, consiga escrever sobre esse complexo tema, quase um teorema, e que me faça entender sem nenhum problema.
Pronto !...Já esbarramos numa vertente contundente: que Deus ?...O dos negros, brancos, índios, morenos, loiros, homens, mulheres, intermediários, ricos ou proletários ?...Deus do Budistas, Cristãos, Mulçumanos, Israelitas, Umbandistas, Hinduístas, Otomanos,Ortodoxos ?
Ou sera o Deus dos ateus ?
O Preconceito é uma rosa dos ventos.Não!...a bela rotunda pontiaguda que representa as direções de todos os corações, não pode ser maculada com essa pecha !
À que pode ser comparado o descarado Preconceito?...A um polvo?...Ouriço do mar?...Porco-espinho?...Esfera viral peçonhenta que segrega intolerância?...sei lá, viu...Acho que a última dessas se encaixa legal, não é mesmo?
Só sabemos que é sempre nefasto, e que serve de alabastro para a incompetência, ignorância e curteza de espírito.Mas o Preconceito não é uma entidade sobrenatural.É algo criado através ATÉ com regra unilateral, geralmente sempre por boçais, que determinam para os outros, o que tem e teriam ojeriza para si mesmos.
Mas, também é uma meia verdade. Nem sempre é criado por boçais.Pode ser criado por “eméritos” estadistas, ou famosos artistas, colunistas sociais, jornalistas, professores, pastores e papas !.O Preconceito não toma jeito nunca...Não escolhe patrões, nem vítimas.Só ganha no tapa !
Ele se camufla sempre de embate em “A versus B”, mas também não é essa a verdade.Ele é multifacetado, anda sempre mascarado, travestido de uma mistura homogenia entre “inteligência” , conduta politicamente correta e subserviência ( do outro, claro...).
Não importa qual seja a cor, o credo, a raça, a condição social, o terreno, a geografia: basta ser diferente do que “um lado” possa ser “do outro lado”, ele ataca vorazmente, as vezes arrasador, mas também por vezes de forma sutil, branda e “complacente”.Ele se disfarça de orgulho, de soberba, de superioridade e ATÉ de bondade e “justiça”!
Ele usa de sabedoria, de erudição, para atingir suas vítimas, como algoz implacável.
O Preconceito é flagelo auto-limpante, retro-alimentador, se alimenta de seus próprios excrementos.E cresce geométrica e arrogantemente, e “expurga”(pelo seu contrário...) sempre e sempre ódio, tristeza, aniquilação, desordem de todo tamanho, improdutividade, iniqüidade.
O Preconceito é mau-caráter! Ele se auto-gera !. Até em falar-se dele e combate-lo, incorre-se o perigo de insufla-lo novamente, pois é faca de todos os gumes, até dos que não enxergamos!.Suas colorações são muitas e se transmutam de acordo com a situação.Se mimetiza, se “camaleia” (por favor, sem preconceito contra o neologismo...rs)
Parece até que o Preconceito por muitas vezes foi e é usado como ferramenta ou instrumento de manipulação das massas, paradigma através de castas, padrões sociais, etnias, estereótipos.E tudo “aprovado” por unanimidade! As vezes são velados e tem corroborações e são tolerados, para funcionar como apanágio de hipocrisia e desfaçatez entre povos.
Não há como realmente comparar-se em qual época, e em que situações, o Preconceito foi “maior ou menor” na historia da humanidade até onde a conhecemos.Foi e ainda é a todo instante, permanente evento, quase ( ou totalmente !) uma pandemia sem cura previsível entre “os homens de boa vontade”.
ah !...esse tenebroso Preconceito...
Quando nós, seres humanos racionais, nos olharemos com transparência suficiente, para não enxergarmos mais a quantidade de melanina que nos cobre a carne ?
Quando nós, seres humanos inteligentes, nos ouviremos com a translucidez dos surdos-mudos?
Quando é que nós, seres humanos “filhos à semelhança de seu Criador”, realmente ouviremos sem filtros às súplicas e necessidade de nossos semelhantes? Quando seremos factualmente semelhantes e irmãos?
Sem querer tombar ao fatalismo, pessimismo e niilismo, humildemente opino, ando meio cético, meio azedo, tipo ácido acético, manja ?...Sinal dos tempos.Talvez esteja precisando aumentar minha dose do Prozac, Rivotril e Lexotan. Ou voltar a dar uma “bolinha” de fim de semana...rsrs.(...olha o preconceito !!!!....rs)
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