
Depois de um espirro, enxergo o breu dos meus olhos em 3D
Zettabytes de emoções, que são tantas, como já disse RC
minha memória não é a mesma, mesmo a que está no HD
universos paralelos, íntimos zigotos, entre mim, eu e você
Depois que lavo as mãos é que ligo minha obscura TV
enxugo lágrimas de olhos vítreos, que nunca nada prevê
jatos de areia cintilantes riscam um intocável LP
sem fatos obstantes, nem ao menos dizendo o porquê
de fato, ela me achou um chato ou com cara de pato ?
ia fazer comigo , olhando pro seu belo umbigo, o que ?
Mais uma peça pro seu joguinho ruim à beça
assim, assado, tão mesquinho, pra encaixar no seu bilboquê ?
Hoje meu pescoço está me matando, problema de osso
a gente vai levando, com chazinho de tremoço e
biscoito Piraquê, mas só com manteiga de leve, sem patê !
E vê se não se atreve, voce não é uma leiga nem nada,
nem vem com queijo e goiabada que estou mais pra suflê !
O problema é que o que mata é a saudade
e não tenho mais idade pra esse tido de dilema
e minha preguiça já nasceu, diferente da lingüiça,
sem o sonoro trema, já dentro do esquema
de toda sua identidade...e daí ?
Brigo com irmão, sacristão e prima,
mas nunca perco a minha rima...
Economize papel, jogue fora essa poesia
mais triste que anestesia
desligue a impressora, esconda da professora
e não imprima...