
No vagão lotado do metrô atrasado
a menina dos olhos egípcios
ouvia no seu emepetrês
já, como um dos seus vícios
um rock, samba ou axé arretado
No saguão do metrô apinhado
a menina de boca italiana
falava no seu blackberry
com sotaque de linda baiana
discutindo em tom desvairado
Nos trilhos do metrô antiquado
o bêbado de índole suicida
caía e sangrava em 3D
cheirando a última batida
se desviando de mim
dele, dela e de voce
No comboio do metrô parado
os fantasmas atravessam paredes
choram lágrimas Sartrianas
sonham ectoplasmas inalados
em notebooks ligados em redes...