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Sou terra, por ter razões. Sou berro, se aberrações. Sou medo, porque me dou. Sou credo, se acreditou

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Teclas



Mãos adjacentes, planas.
Vezes repousam, vezes outras
correm soltas.
Ágeis, férteis. Desprovidas de peso.
Mãos sem gravidade.
Aracnídeas mãos sobre o plano.
O plano de marfim e ébano.

Num acorde, acordam sentimentos
Profundos e sonoros,
ritmados provimentos.
Dedos curvados, alma retesada.
Dedos articulando sons
Melodias infinitas; outras desditas.
Mãos delineando tons,
Acariciando teclas.
Às vezes, acoitando-as,
mas jamais magoando-as...


Teclas brancas e negras.
Teclas negras e brancas.
Esculpidas, esmeradas, envernizadas.
Como os Homens.
Os Homens e suas músicas.Multicoloridas.
Que soam percutidas em suas cordas,
corações, mentes e almas.
Teclas para os Homens de boa vontade.

(sobre a foto de Leny Fontenelle )

Um comentário:

Unknown disse...

Bela união de poesia e imagem! Parabéns aos criadores!! Poesia deslumbrante!

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