Há as que se esgarçam, como pura seda que foram um dia, mas ao pequeno sopro se desfazem em ló.
Há as que como um balão teso e forte, explodem e se esvaziam imediatamente, ao suave toque de um espinho imprevisto e só.
Há as que, como folha d'árvore que viçosa fora, quando presa ao caule firme, pelas intempéries se despregam, secam, murcham e se transformam em pó.
Há as que, como trem robusto e forte, em alta velocidade descarrilham e causam estragos, sofrimento, sem piedade nem dó.
De toda forma que seja, toda ruptura por vezes causa dor, outras causam torpor, outras liberdade emergente, e outras, tal como boa poesia, nos afiam à vida sequente, como pura pedra de mó.
2 comentários:
Amei!! Parabéns ��������
São as rupturas que nos auxiliam a crescer e fazer novas escolhas! Assim é a vida! Parabéns, poema lindo!!
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