Sou o que sou

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Sampa, SP, Brazil
Sou terra, por ter razões. Sou berro, se aberrações. Sou medo, porque me dou. Sou credo, se acreditou

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Desatino




Cansado de ter cara de babaca.
Cansado de dar murro em ponta de faca.
Cansado de jogar no porco e dar a vaca.
Umbigo de tomate, perfume de biscate.
Omelete de cereja, amendoim com cerveja.
Cozido de prego enferrujado.
Pasquim de 2ª e mal-acabado.
Coração de fim de feira, vê se me esgueira.
Coração tão maltratado, cérebro despedaçado.
palavra de morro acima, rola abaixo e me ensina.
sorvete com calda quente, sabor indigente.
branca do cabelo duro, qual é teu pente?
Cansado de empurrar com a barriga.
Cansado de apartar briga e fazer figa.
Cansado de buscar a cola que dê liga.
Tem que fugir da raia, antes da vaia?
Prefiro comer camarão de praia,
antes que você saia com gente da sua laia.
Bolinho frio de quermesse, vê se me esquece.
Tenta chegar mais perto, e atinja o alvo certo.
Fica esperto, de olho aberto.
Seguir cego pelo caminho, ou ficar quieto no ninho?
Por a boca no trombone ou dar uma de “AL Capone”?
Ficar de bobeira ou tentar achar quem me queira?
Desalinhar o cabelo sem fritar o cerebelo.
As vaidades são como cintos de inutilidades.
Vou fazer sexo sem nexo, expandir o amplexo.
Desatinei o barato, revoguei o sensato, no ato.
Desacato o fato, o retrato o boato.
Escrevo o óbvio, quando em estado sóbrio.
Líquido é o gás sólido do ópio.
Desbaratino o timo. Saio do centro do pino.
Vai ver se estou na esquina, menina...


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