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Sou terra, por ter razões. Sou berro, se aberrações. Sou medo, porque me dou. Sou credo, se acreditou

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Natal sem mãe

é terra sem chão
é fogo sem ar
é barco sem mar
é água em vazão

é amor sem razão
é ímpar sem par
é sol sem luar
é só e solidão


é luz sem clareza
é cor sem beleza
é tinta velada
é paleta lavada

é coração assim,mudo
é vida meio apagada
é muita falta de tudo
é excesso enorme,de nada...

2 comentários:

Juliêta Barbosa disse...

Sei bem dessa dor... Uma ausência nunca preenchida. Embora, belo, o poema, sangra.

Unknown disse...

Independente de nossa idade, essa orfandade sempre dói...o amor filial, retratado pela poesia! Lindo!!

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