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Sampa, SP, Brazil
Sou terra, por ter razões. Sou berro, se aberrações. Sou medo, porque me dou. Sou credo, se acreditou

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O trinado dum sopro num fauno de Debussy.(Quando Nijinsky sorriu.)


DE REPENTE VEIO A VOZ DA VEZ E DISSE : DE FACTO ONDE CONGELA-SE O TATO É DONDE DEITA-SE O ÓLEO NO FATO DAQUELE QUE “JAZZ” MORIBUNDO.

A MOÇA QUE CHOVIA EM PRANTOS DESOLADOS, ALAVA-SE AO SOL DE QUIMERAS DOCES, SINGELAS GELADEIRAS ESTRELADAS EM ESTEIRAS, CAINDO ÀS BEIRAS, DE DIAS QUE SE FORAM SEMPRE IDOS DESPERCEBIDAMENTE SÔFREGOS. QUANDO O DÉCIMO PASSO ATINGIRA O POSTO, OPOSTO DUM ROSTO ONDE CÍLIOS DE SÍRIOS ACASALAVAM EM METAMORFOSE ULULANTE. DURANTE O QUE ANTES ERA O FOGO, PERPETUARAM-SE LÚGUBRES POÇAS ENLAMEADAS NO SUOR DOS COITOS JAMAIS PROPOSTOS.

JACTÂNCIAS EMERGIAM EM BORBULHAS DE CHAMPANHES AZEDOS E CORROÍDOS. AMORFOS SINOS SOAVAM ENTRE TONS E SEMITONS DOS GÓLGOTAS PETRIFICADOS DE ONDE VEM ESSA VERVE INSULTANTE QUE ESPEZINHA E AFRONTA OS CORCÉIS DE DORSO AZULADO?  NAQUELE MESMO DIA, PELO ANOITECER, JÁ VINHAM VASTOS OS PASTOS COBERTOS DE AREIA MÓRBIDA. NADA MAIS IMPORTAVA AOS SONHADORES DE RELÍQUIAS BENFAZEJAS. AS PEDRAS ESTAVAM DESCOBERTAS E O LINHO SE ESGARÇAVA COMO O VÉU DAS NOIVAS ANORÉXICAS NO VENTRE DA CAPELA SOMBRIA. MAIS SE ARVORARAM OS FUGITIVOS DA NOITE, EM RESCALDO UNÂNIME, PELA DÁDIVA SECRETA DOS DEUSES DE OUTRORA. A AVE SUAVE BAILAVA NA MENTE DOS POVOS DE ABRÃO E ABSÉ.

TODA FÚRIA DO VENTRE MATERNO, QUE JORRAVA O SANGUE DO ÚTERO SAGRADO,  ANIQUILARIA PARA SEMPRE OS DARDOS SUICIDAS. CORAIS ENTOAVAM EM TOM DE ALABASTRO, CORES CANTADAS DE MARES BRAVIOS QUE ESPRAIAVAM NA FUGA GENEROSA DE UM PASSE ACADÊMICO. AONDE IRÃO OS ENAMORADOS POR ESPELHOS TRINCADOS, SERÁ POR ONDE ESCAPARÃO DE MANHÃ ESCONDENDO-SE NAS CAVERNAS DO INSTINTO E CONSELHO. NO CÉU DO DESFRUTE, AMAZONAS CAVALGAM AO OLIMPO, AMEALHANDO CORAÇÕES DESPEDAÇADOS.

NA CASA PEQUENA, DE TELHADO IRREGULAR, SAIA A FUMAÇA DE UM AMOR BEM ASSADO, COM CHEIRO DE PÃO FRESCO, AZEITE E SAL. TODOS SE REUNIAM EM VOLTA DAS MESAS FALANTES, ONDE ASSOBIOS INVISÍVEIS DESATINAVAM AS MENTES E CORAÇÕES CAMARADAS. ELES NASCERAM PARA ENSINAR-NOS QUE VIRIAM AINDA.

A CANTORIA ERA IRREGULAR, COMO O PISO DA SALA DE JANTAR, MAS O CALOR ERA INTENSO, QUE VINHA DE DENTRO, DO CENTRO, DAS ALMAS AGLUTINADAS NO AR.

QUANTOS CENTURIÕES SERÃO PRECISOS PARA QUE OS CAMPOS SE PERPETUEM EM RELVA ABSTRATA? NAQUELA MESMA ARENA ONDE LEÕES DEVORARAM SERES AS ESPAÇONAVES POUSARIAM TRAZENDO A COLÔNIA DE ABELHAS MELÍFERAS.

DOCES SONHOS, ONDE TUDO ERA PAZ E CANÇÕES SIMPLES, ESTAVAM SENDO LEVADOS DALI,  SABE-SE ATÉ ONDE. AS MÁSCARAS FORAM DEPENDURADAS, UMA A UMA, POR DETRÁS DAS PORTAS. A LUZ REVESTIA DE OURO, AS CORTINAS RECÉM-LAVADAS.

TUDO ERA ILUSÃO, MAS SOMENTE O QUE RESTARA, FOI O AMOR DESVELADO E ENTRISTECIDO PELA POEIRA DAS CINZAS DUMA FÊNIX, QUE TEIMAVA EM QUEIMAR ATÉ DESINTEGRAR-SE NO ÉTER. O PRÍNCIPE LEVA A MÃO AO PEITO, E LANÇA SUA ESPADA EM DIREÇÃO AOS SEUS DRAGÕES ENSANDECIDOS. O VOO SERIA RASANTE E CERTEIRO COMO A FLECHA DO ARQUEIRO ZEN. TODA TRILHA NÃO VALEIRA A PENA, SE NÃO HOUVESSE AS MÃOS A SEREM DADAS E OS TOQUES APROVEITADOS.

A LUA CISMAVA EM LAÇAR RAIOS DE POESIA SIMPLES, PARA QUE AS NUVENS NÃO SE FERISSEM, E OS ANJOS NÃO SANGRASSEM DOCEMENTE ATÉ O PÓ DE ESTRELAS REAIS.

OS REIS ESTAVAM A POSTOS E NÃO TITUBEARIAM EM BENZER SEUS FILHOS, MESMO OS PRÓDIGOS. PORQUE ASSIM ESTÁ ESCRITO E PERMANECERÁ ETERNAMENTE EM SI, ONDE OS VENTOS SOPRAM E A BRISA É MORNA, COMO A QUE CAI  NO SAL DOS MARES RENITENTES. OS MESTRES ESTÃO EM POSIÇÃO DE CÍRCULO, E A VIDA VAI-SE.

PALAVRAS ABSORTAS DERRETERAM O GELO DE TODO UM POLO, E O PLANETA FOI DESVELADO, COMO A PAIXÃO DOS AMANTES PROIBIDOS, AQUELES QUE SUCUMBEM AOS TOQUES MAIS SUTIS E PERMANECEM ARREFECIDOS DIANTE DOS ALTARES JEJUNOS. DE REPENTE FAZ-SE O SILÊNCIO ADQUIRIDO. E A BRUMA JUSTA E BELA RETORNA AO CÉU.

2 comentários:

mARa disse...

Amigo Poeta de Sampa!

A bruma Justa e bela Retorna ao céu, e por ventura os amantes fazem parte da criação do Planeta e tantas historias dentro dos tuas linhas, há de ser uma grande historia que sutilmente está na cinza da Fênix ou nas máscaras por trás das portas, e o ouro o azeite e o sal. E tudo era ilusão desde o arqueiro Zen...

Gostei imenso!

Saudades desse recanto.

Bjão!

Rocio disse...

Palavras bonitas que eu vejo aqui. Espero que em algum momento eu possa escrever coisas como, por agora eu fazer um monte de trabalhar em um Delivery Moema

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