Qual ourives minucioso
Esculpiu-me em teu precioso ventre.
Carregou-me à vida. Formatou-me como vaso nobre.
Hoje, carreguei-te, ventre e corpo e vida tua que se esvai,
à outra vida, para além, para a surpresa do desconhecido.
O peso não feriu-me os braços, leve que tu és, como sempre foste.
O peso virá com o tempo, pelo chumbo da saudade, pela falta do abraço que por hora, não mais terei, pelo não encontro, pelo laço não dado, pelo esforço claudicado, pela conversa não atendida, para o resto de minha vida...
(à minha mãe Tacilda...eternamente)