Sou o que sou

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Sampa, SP, Brazil
Sou terra, por ter razões. Sou berro, se aberrações. Sou medo, porque me dou. Sou credo, se acreditou

sábado, 21 de maio de 2011

O sono dos justos



Dorme criança, o teu sono brando
tens o sono que é dos justos
dorme que o futuro é incerto
sabes o coração aberto
desde que nasceste, até quando
lhe virão perversos sustos...

Dorme criança, o teu sonho alegre
que o sono é longo, mas a vida é breve
deixa, criança, o teu peito aberto
tem o coração sempre esperto
pois, por enquanto és quente
como, d'onde viestes, era o ventre...

Sonha criança, o teu sonho certo
de um porvir lúcido e contente
teu olhar pequeno, ainda é perto
pois és nada mais, tênue doce semente...

Dorme criança, o teu sono é casto
qual a pluma que te aquece e cobre
que o sonho é brilhante e nobre
d'um colorido perene e vasto
que se guarda seguro em alabastro...

Dorme criança, teu sono quietinho
inda o dia vem tímido e lento
recolhe-te por hora, em teu ninho
protege-te do implacável vento
dorme e não ouças o meu lamento...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Sem dia para Nádia...



Nádia...
Não adie por mais nada
Há dias para onde e tudo
No dia em que mesmo o nada
Nem por tudo, se adia...

Nádia...
Nada disso é o bastante
Nada adianta ser, sequer
Adiar mais um instante
O dia que lhe aprouver

Nádia...
Adiar pouco adianta
ainda que seja um dia
Esse nada que adiante
pelo tudo, se anuncia...

Nádia...
Nada do que lhe cante
tendo o nada como um dia
adiar o tudo , à revelia
toda essa mera alegria
nada há, num dia, tão distante...

terça-feira, 10 de maio de 2011

para verbis ad verbium



eu iludo
tu foges
ele esconde
nós enganamos
vós alienais
eles sucumbem
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